quarta-feira, 16 de abril de 2008

De volta a minha nudez infinita





Por mais que me tirem o teto
Ou minhas paredes,
Ou meus candelabros,
Ou minha riqueza,
Não arredo o pé de minha nudez.
Mesmo que me arranquem a liberdade
Ou que me façam torturas,
E que me roubem o beijo,
E se me arremessarem, direto pro alto
Nu, voarei.



E se me tirarem o tempo
A pandura
A loucura
O pejo
O peso
Ao romance me entrego
Não arredo
Nunca
O pé, de minha nudez!

4 comentários:

Anônimo disse...

Estar nu é tão mais complexo, sentimental, carnal e bonito do que estar somente sem roupa.

Bonito.

Anônimo disse...

Sinto lágrimas nos olhos. Tenho sentidos os espinhos na carne por escolher a nudez de mim mesma...
Mas é tão mais intenso e pleno escolher a mim mesma e minha consciência.
Que seja infinito!

Eterna Primavera disse...

Que poético, que intenso...
A fotografia, os versos... me inebriaram por completo!

Parabéns poetisa!

=)

Anônimo disse...

a se todos tivessem coragem de expor a nudez de seus sentimentos do seu eu interior...
lindo mesmo garota!
bjs!!